Posts Tagged ‘VOIP’

FISL11: FreeSWITCH

sexta-feira, 23 julho 2010

Ontem o Jeremias Neves da Silva, na palestra sobre VOIP com Asterisk, havia comentando sobre esse novo software para VOIP. Realmente pareceu muito bom.

Teve sua origem no Asterisk e surgiu a partir da necessidade de se ter uma plataforma mais estável de VOIP (o Asterisk segue um modelo de implementação onde o mais importante é adicionar novas funcionalidades).

Segundo João Leonardo Lagun Mesquita, o FreeSWITCH foi baseado e inspirado no Apache, com um núcleo central e vários módulos implementando funcionalidades.

Dessa forma, tudo é modularizado e pode ser facilmente estendido por meio de inúmeras linguagens.

Outra coisa benéfica é a agilidade na implementação de melhorias. Como exemplo o palestrante citou a solução aberta de comunicação do Skype, que em poucas horas já tinha um módulo para o FreeSWITCH.

Em sua implementação SIP ele utiliza a lib Sofia, disponibilizada pela Nokia.

Nessa palestra também foi abordado a tendência de se utilizar VOIP HD (High Definition).

FISL11: Centrais de Telefonia IP

sexta-feira, 23 julho 2010

Bom, esse título é uma espécie de sinônimo para VOIP, pois segundo o palestrante o termo foi “queimado” no mercado, devido algumas implementações mal feitas. Atualmente, VOIP virou sinônimo de algo que não funciona bem, quando no entanto o problema é que os projetos são mais dimensionados.

PABX ideal de hoje seria um PC + Servidor Linux + Asterisk (ou FreeSWITCH) + placas para sistema legado (inclusive com a possibilidade de ligar o servidor de VOIP em uma central antiga por meio de cabo E2, para facilitar a migração em projetos mais complexos).

O início da palestra foi de nivelamento, com o Jeremias Neves da Silva da Khomp dando uma breve explicação do que seria VOIP e dos elementos que compõe o VOIP. Particularmente eu gostei da analogia que ele fez com ambientes de redes, onde a WAN do VOIP seria a central pública (Oi, Embratel, Telefonica, etc) e a sinalização entre essas centrais públicas. Já a LAN seria a central privada (ou PABX) e os terminais telefônicos. Nessas centrais privadas, em geral, a conexão é feita por par-de-cobre ou cabo coaxial E2 (que contém até 30 canais de voz).

Na telefonia convencional, cada chamada é interligada com um circuito dedicado e exclusivo, o que gera qualidade, mas também gera valores mais altos. Já o VOIP é uma convergência, onde se pretende que o sinal de voz trafegue junto com os dados de rede, reduzindo drasticamente o custo das ligações telefônicas.

Para que seja possível utilizar o mesmo link de dados para a telefonia é necessário utilizar compressão de dados, que podem ser desde sem compressão (que utiliza 64Kbps por ligação) ou até com compressão alta, com perda de qualidade, utilizando por volta de 15Kbps por transmissão. Existe uma tendência de mercado de começar a se utilizar High Definition (HD) para essas transmissões de voz (HD VOIP).

Existem muitos protocolos de compressão/transmissão que podem ser adotados (por exemplo, o Skype utiliza um padrão proprietário que implementa criptografia), mas existe uma tendência que o SIP seja adotado como padrão de fato pela telefonia IP.

Na telefonia sobre IP é muito importante que o link seja bem escolhido, de preferência com escolhas que garantam qualidade, sendo mais indicado utilizar LP entre filiais/empresas ao invés de usar a Internet, ou seja, mais indicado o uso em redes privadas.

Outro fator importante, em relação a qualidade, é que os terminais VOIP tenham a capacidade de cancelar ECO, pois senão fica inviável a conversa por telefone. O ideal são filtros que consigam trabalhar até 25ms, mas o palestrante tem trabalhado em projetos em rede IP com valores até 50ms com bons resultados).

Na palestra foi apresentado o Asterisk, que pode ser usado até em soluções que não sejam especificamente de voz, como foi o caso de uma empresa que ligou uma placa GSM em um computador para utilizar em um concurso de torpedos por telefone, contudo o palestrante citou o FreeSWITCH como melhor opção de adoção para a atualidade.

Em termos de Asterisk, existem vários frontends interessantes para facilitar a vida do administrador. Alguns:

SNEP Livre, inclusive possui um LiveCD disponível no site para testes;

Asterisco Paraná;

Elastix

Trixbox;

AsteriskNOW, que é um produto da mesma empresa do Asterisk.

Em relação ao uso de placas GSM com Asterisk, algumas operadoras tem bloqueados chips GSM quando elas percebem que o telefone fica fixo. Nesses casos, é interessante configurar o Asterisk para simular a troca de antena. Você pode atribuir custos para as antenas da operadora e dizer que de cada 10 ligações, 1 deve ser feita por um antena com sinal mais fraco, mas ainda dentro do alcance do equipamento.