TOP FISL 9: Backup prático

Para mim, a palestra mais inovadora do FISL 9, que mais acrescentou conteúdo, a palestra que eu pensei “bah, valeu os cenzão que paguei”, foi a de backup prático, ministrado pelo Solli Honório. Na verdade, não sei até que ponto realmente é inovador, mas é que eu nunca tinha ouvido falar sobre o tal backup diferencial em disk-to-disk.

O modo mais comum de se fazer backup é em fita magnética, mas quem nunca precisou restaurar um, não sabe o significado disso. Isso sem falar nos riscos de dar erro na mídia, quando não é testada a copia.

Eu já tive que esperar quase 12 horas para recuperar um backup, com o cliente nervoso, aguardando ansiosamente pelo seu dado perdido. Depois desta experiência, quando o backup passa dos 20Gb, eu sempre sugiro embutir na política de backup, um armazenamento em disco também, além do meio magnético.

Em geral, os clientes gostariam que fosse mantido backup em disco de dados de mais de 1 dia, mas infelizmente, isso é muito difícil, pois implica em gastar muito dinheiro em discos rígidos. No máximo, eu consigo armazenar 2 dias de backup em disco. No geral, isso resolve. Mas, sempre tem o caso do cliente querer dados de vários dias atrás; pior, nem sempre sabe o dia exato que o dado foi perdido. Dai não tem jeito. Se fica “algumas-muitas-horas” procurando nas fitas magnéticas.

Bem, vamos ao que interesse…

Após um panorama geral sobre backup, o Solli abordou o disk-to-disk, preferencialmente se usando disk storage, mas que poderia ser até via web. Depois ele começou a falar em manter um histório de backup em disco, eu já pensei: “bah, vai ser difícil de implementar isso. Soluções muito caras”… Mas dai ele começou a falar em backup diferencial, eu confundi os termos e pensei que já era o famoso backup incremental (esse dai eu não arrisco de jeito nenhum). Já estava quase indo embora, quando eu entendi a diferença. “Uau! Um backup que você fica com o arquivo atualizado e pode aplicar diff para regredir?! Fantástico!!!”

É isso mesmo. O sistema faz uma checagem dos arquivos que foram modificados, marca estes arquivos, vê apenas as partes dos arquivos que foram alterados, gera um diff e atualiza o arquivo. Com o diff, é possível regredir o backup. Na pior hipótese, caso seja perdido estes arquivos com o diff, você ainda terá o último backup completo.

Só isso já seria suficiente para me deixar muito feliz. Mas, ainda tem mais: existe um front-end escrito em Perl (eu amo Perl!), que roda via browser e faz todo o gerenciamento do backup diferencial e ainda por cima com o histórico! Maravilhoso! Espetacular! Não tenho palavras para resumir o que estou sentido, hehehe

O aplicativo se chama BackupPC, e pode ser encontrado no link: http://backuppc.sourceforge.net/. Vale a pena incorporar isso em sua vida!

Para finalizar, o Solli sugeriu que o backup em fita não deve ser abandonado totalmente. O ideal é usar o backup disk-to-disk, associado com um backup disk-to-disk-to-tape (neste caso, usando outra ferramenta para gravar na fita, ou seja, você precisa de um BackupPC e um Bacula, por exemplo).

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2 Respostas to “TOP FISL 9: Backup prático”

  1. Giorgio Says:

    Meus parabens amigo ! Vc trouxe luz ao meu novo sistema de backup, confesso que já estava ficando doido tentando configurar o complexo bacula para realizar backups em discos, seu post no br-linux veio em hora providencial 🙂
    Eu uso aqui atualmente rsync e tar pra fazer backup das minhas coisas, uso 3 hds de 250 GB (gaveta usb) e fico revezando eles, porém eu acho que estou errando em algum coisa, pois pelo que eu vi o certo é fazer um pool lvm ou raid e deixa-los todos no servidor correto ? pq aki os dados ficam no terceiro piso e o servidor de backup no terreo pra se previnir de incendios e tals.
    Gostaria de add vc no jabber ou msn pra tirar umas dúvidas se for possivel.
    Mais uma vez meus parabens! Tenho certeza que vc já ajudou mais pessoas com seu post 😉

  2. lgbassani Says:

    Eu também tenho usado muito o rsync e o backup convencional com fita magnética. Assim que der, vou experimentar o BackupPC.

    Eu creio que no teu caso, o ideal seria tu instalar estes HDs nesta máquina do térreo e usar um raid5. Note que na primeira vez o backup vai ser bem pesado, pois todos os dados vão ter que ser copiados, mas depois o sistema vai só atualizando. Segundo o Solli dá para usar até pela Internet.

    Uma curiosidade… No “11 de setembro” havia uma empresa que tinha o seu datacenter em uma torre e na outra torre eles mantinham outro datacenter como backup dos dados. Esta empresa faliu, pois perdeu toda a sua base de dados. Outra empresa, também tinha o seu datacenter em uma torre, mas os backups ficavam fora da ilha de Manhatam. Esta empresa ficou 20 minutos fora do ar, mas voltou a operar. Fica a dica! 🙂

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